Escitor é parte de Projeto que está entre os finalistas do Prêmio RBS
Os 15 anos de dedicação à Fundação de Atendimento Socioeducativo (FASe) da servidora Solange Carvalho de Souza foram reconhecidos com a indicação do seu nome como um dos finalistas do Prêmio RBS de Educação. Ela concorre na categoria Projeto Comunitário com o trabalho de lectoescrita (habilidade adquirida de poder ler e escrever), desenvolvido junto a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, no Centro de Internação Provisória Carlos Santos (CIPCS), em Porto Alegre. A premiação contou com mais de 7 mil participantes e 2,5 mil inscritos, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
(...) As atividades de leitura e produção textual, realizadas na biblioteca Dona Margarida, representam para muitos jovens o início da retomada dos estudos. É o primeiro passo para quem deseja fazer uma nova história.(...)
Biblioteca Dona Margarida
Localizada dentro da unidade, a biblioteca é administrada também pela servidora Maria Janete do Nascimento, com quem Solange sempre lembra em dividir o crédito pela menção ao Prêmio RBS de Educação. “Sem a parceria dela, nada teria acontecido. Lutamos juntas pela biblioteca”, comenta. A reforma geral do CIPCS, de R$ 2 milhões, que resultou em um novo espaço para a Dona margarida também é comemorada pela servidora. “Temos, sim, um histórico negativo, pois os recursos para a biblioteca e a infraestrutura eram precários. Mas, hoje, isto é passado. Atualmente, contamos com um espaço adequado, claro, arejado e, principalmente, uma gestão que nos apoia”, lembra Solange que comenta, também, que o diretor do CIPCS, José Carlos Hudson, foi o último a ler o projeto enviado para concorrer na premiação.
Jorge Luís Martins é outro nome sempre presente nos agradecimentos de Solange. O escritor é mais do que padrinho da biblioteca Dona Margarida, ele é um entusiasta da produção de cultura e educação para adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Autor do livro “Meu Nome é Jorge”, que conta sua história de abandono, prisão e superação, o escritor, como ele mesmo diz, sente que é parte da Fase, pois sabe o que é estar atrás das grades. “Vejo uma esperança muito grande. Este projeto é excepcional, pois, assim como eu, aposta no potencial desses guris”, afirma.
Os bons resultados obtidos com os projetos de educação na biblioteca Dona Margarida já são exemplos a serem seguidos pelas outras unidades da Fase. “A ideia é amarrar os espaços de leitura. Queremos que o exemplo da biblioteca Dona Margarida surta efeito nas outras unidades. Queremos implantar o conceito de que o jovem também deve ser produtor de conhecimento”, avalia o bibliotecário da Fase, Daniel Magnus.
Servidora lança livro em 2014
Formada em pedagogia, com mestrado em Educação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Solange também é escritora. Em 2014, ela lança o livro “Letramento e Literatura: Caminhos da Superação”, pela editora Paulinas, de São Paulo. A obra é um resumo do trabalho de lectorescrita, desenvolvido com os adolescentes no CIPCS. A dissertação de Mestrado da autora pode ser acessada clicando-se aqui.
Comentários
Postar um comentário